quinta-feira, janeiro 31, 2008

gita

Tenho um amigo que alimenta as plantinhas e me recomendou esta música. Bem recomendada.

terça-feira, janeiro 29, 2008

Tenho uma amiga que teve uma noite diferente na sexta-feira. Ou uma noite igual a tantas outras. Noite “desencosta-te de mim” que começou cedo, bem cedo, cedo demais. com emoções de salto demasiado alto que não lhe pertenciam numas ruas de Lisboa que sempre viu mas nunca conheceu tão bem. O chão escorregadio condizia com os pés a tentar fugir dos sapatos e dali. O regresso a casa para mudança de sapatos e de rumo foi inevitável. Já dentro de si, desceu de altura, desceu de forças, desceu do Alto de Campolide, enfiou-se na toca do lobo, na casa das bruxas, no colo das amigas, enfiou-se no vinho tinto e na noite que a esperava. A noite “Desencosta-te de mim”. Bairro Alto o destino - e que outro destino para uma noite daquelas! – a cantar com um Jon Bon Jovi de rua, a cantar Jorge Palma com letra alterada.

Desencosta-te de mim
Nós já não temos 15 anos
Desencosta-te de mim

Sei que não sei
Às vezes entender o que estás a dizer
Lai Lai Lai Lai…

Loucas, livres, lesadas pela vida, levadas pela noite, lá foram as amigas de feições perfeitinhas, trapos impecáveis, maquilhagens bem intencionadas, expressões desfiguradas pela alucinação causada pelo amigo vinho. E que noite foi. Sem encostos nem nada. Só o frio tocava na pele mas nem o frio era sentido. Depois nada, ninguém se ouvia ou mal se via e a noite puxou-as por si. Já nem a vontade se sentia. Só a de ir para casa e esperar que passasse. A alucinação, o dia, a noite, a vontade sem forças de a sentir. Foi uma noite diferente, a de sexta. Ou uma noite igual a tantas outras. Mas única dentro do género e sem repetição à vista.

E a próxima será a noite “Fui triplicar o saldo da minha tia a Marrocos”. E será diferente, com toda a certeza.

segunda-feira, janeiro 21, 2008

Tenho uma amiga que não tem mãozinhas para a vida pela frente. A tal vida da palma da mão, onde lhe disseram que seria o sol, onde poderia fechar os olhos quando quisesse com uma manta sobre os joelhos. Uma vida onde apetece vestir roupa confortável e ficar quieta, quase uma não-vida, quase nada, quase tudo o que se quer. Não tem mãozinhas para isso. Também não tem para a vida que sai da palma da mão e alastra pelo corpo todo. A vida que não é de pensar, que é de se libertar. A vida onde não vale nada. Onde está sempre a fugir enquanto há tempo. A vida que mexe com ela, a vida que mostra que há vida dentro dela…que pede pimenta em cada movimento, em cada palavra. É uma canseira essa vida de estar sempre à altura e à medida certas. Terá mãozinhas para a vida de todos os dias, que não é só de corpo, que não é só de medidas, não é só de palavras, que é a vida que pode mostrar, onde às vezes não se sente sol, onde às vezes a roupa lhe aperta as vontades, onde às vezes não pode fechar os olhos, a vida que tem saldo negativo antes do fim do mês, a vida que é dos outros e que carrega como se fosse dela. São 3 vidas… separadas… pelo tempo… uma delas existe. As outras duas não. Porque a minha amiga não tem mãozinhas para elas.

quarta-feira, janeiro 16, 2008

I Can't Decide - The Scissor Sisters - Singalong

Tenho uma amiga que ouve esta música 100 vezes seguidas e já sabe a letra de cor. Quantas vezes conseguem ouvir??

Everybody's Free to Wear Sunscreen! (ORIGINAL VERSION)

Tenho uma amiga que me enviou este vídeo. "Vais amar". Amei... E uso o tal filtro... ou no mínimo, uso uns óculos de sol :)

segunda-feira, janeiro 14, 2008

Tenho uma amiga que acabou uma relação no Fim-de-semana. Não se acaba uma relação ao fim de semana!! As relações deviam acabar sempre às segundas-feiras. De manhãzinha. Ao fim-de-semana há demasiado tempo para pensar. Às segundas de manhãzinha a vida continua... pelo menos durante mais cinco dias.
Para descanso da população (da 0.0000001% da população que se interessa): A RELAÇÃO QUE ACABOU NO FDS NÃO FOI A MINHA!!! TÁ TUDO BEM!!
Pronto, já podem dormir descansados

quarta-feira, janeiro 02, 2008

Tenho uma amiga que não tem resoluções para 2008. Até podia prometer fazer mundos mas sabe que pode muito bem não cumprir. Tem a ligeira sensação de que algo vai mudar radicalmente este ano. Só não sabe se vai ser com ela ou com alguém à volta. É deixar vir se vier por bem. E tudo pode não passar de uma sensação, de uma intituição errada. Gostaria de dizer que vou fumar em todos os restaurantes, em todos os bares, em todos os sítios públicos. Em 2008 vou poupar... não em cigarros mas em contas de jantares e almoços. É agora que trago a marmita. E almoço na soleira da porta a apanhar solinho e a falar com as vizinhas da rádio.
Já agora de passagem pelo blog da rititi fiquei-me neste parágrafo. Rititi sabe e tem a sorte de ter estado de passagem...
"Sim, voltei a Madrid, fugida de uma Lisboa que sempre amei e que agora me dá urticárias. Não posso com tanta queixa feita cancro de nós, não posso com este rame-rame obrigatório, com este modo de viver que recompensa a lamúria. Tenho pena e queria desejar-vos Bom Ano, que sejais felizes, mas só se me ocorre pedir-vos para desligar a televisão. Saiam à rua, encham os bares, obriguem os donos dos restaurantes a ligarem o aquecimento, iluminem as ruas de Lisboa com as luzes das vossas árvores de Natal, fujam dos centros comerciais e levem os vossos filhos aos jardins, namorem nos bancos dos parques e esqueçam que somos uma campanha publicitária chamada a Costa Oeste de Europa. Somos um país de gente pouco alegre, bem sei, mas também não merecemos estar sempre a levar nos cornos, caralho."