sexta-feira, dezembro 29, 2006

Tenho uma amiga que está a passar pela fase de Fim de Ano. Desconfio que não é só a minha amiga. Desconfio que o ano até está mesmo a acabar para toda a gente. Para todos os meus amigos. Porque não tenho amigos chineses, é pena. Essa gente não sabe o que é terminar o ano a 31 de Dezembro, não passa pelo balanço que se faz nesta altura. Não nesta altura. Para eles virá o ano do Porco. Para muita gente que conheço virá, mais uma vez, o ano da cabra e do cabrão.

2006 está a acabar. Haja justiça!

Foi um dos anos mais conturbados, não só para essa minha amiga mas para quase todos que conheço. Começou bem mas cedo e sempre com tendência a piorar. O que é que se passou aqui? Foi um ano ou uma fase má? Foram dias ou horas que nunca mais acabavam? Foram momentos ou tormentos? Ele foi desilusão e ilusão. Foram cardos ou prosas, ou fardos ou rosas sempre com espinhos… Foi mais fel do que mel, mais caramelos que doces, mais sangria do que sangue na guelra, mais gente doente e doenças estúpidas e fatais. Mais Credo que Querer, mais Adeus do que deus, esse que era suposto olhar por toda a gente mas que deve estar a passar por uma fase muito egocêntrica. Mais baldrocas do que trocas de amor e carinho (gosto destas duas palavras juntas amor&carinho). De 2006 guardo apenas uma viagem, um regresso. Para 2007 levo algumas pessoas. Muito rapidamente. Com vontade de as arrancar deste ano que acaba. Quero um ano novo já! Foi o presente que pedi ao Pai Natal e que ainda não chegou. Mas está encomendado e que venha com embrulho decente e conteúdo arejado. Feliz 2007!