sexta-feira, junho 27, 2008

Tonight I have to leave it- Shout Out Louds

So I heard it's no good to run
but it feels so much better now that it's done
and tonight I have to leave it

Tenho uma amiga que sabe que este blog se está a transformar numa colectânea do tipo Now mas com vídeo. Mas a vida da minha amiga precisa de banda sonora como pão para a boca (apesar de não gostar de pão).

Aqui fica mais uma do Now Tenho uma Amiga 68. (é o número que está lá perto mas que se dá ao respeito).

quinta-feira, junho 26, 2008

Tenho uma amiga que tinha uma dúvida. Já lhe tinham dito que, no que diz respeito a homens e relações, enviava os sinais errados. Não sabia o que queriam dizer. Tivemos ontem uma conversa esclarecedora. Sobre o papel das mulheres, o novo papel das mulheres que nos baralha sempre um bocadinho a todas. Porque é que os homens parecem preferir as insonsas e fugir de nós, independentes e emancipadas? Porque enviamos a mensagem de sermos predadoras e cabras insensíveis desejosas de carne fresca o mais fast e descartável possível. E eles, claro, apenas pagam na mesma moeda. E é a partir daqui que se vê a diferença. Porque apesar de todos os sinais enviados nesse sentido, apesar de toda a vontade em ser uma cabra insensível, a mulher envolve-se. Quase sempre. A máscara cai. A cabra torna-se num bambi enjoativo. Mas é um caminho irreversível. Porque o homem já nos pôs o rótulo. E assim se explica tudo de repente. Porque é que os homens preferem as insonsas do que as emancipadas sexuais? Por isto. Ou não é?

terça-feira, junho 24, 2008

Roupa Nova - Dona

Tenho uma amiga que é bimba. Mas às vezes sente-se Dona do Mundo e desses animais. É o pequeno mamífero armado em besta de grande porte. Gosto de bimbas assim, donas do mundo. E o mundo começa no nariz de cada uma!

quarta-feira, junho 18, 2008

Novo anuncio super bock (versão director's cut)

Grande anúncio, grande música, pessoas autênticas, o autêntico, como o slogan pede. O slogan e todos nós...

You see the smile that's on my mouth
It's hiding the words that don't come out
And all of my friends who think that I'm blessed
They don't know my head is a mess
No, they don't know who I really am
And they don't know what
I've been through like you do
And I was made for you...

quinta-feira, junho 12, 2008

The National, Slow Show

Tenho uma amiga em ritmo Slow Show dos National. É isto.

Standing at the punch table swallowing punch
can’t pay attention to the sound of anyone
a little more stupid, a little more scared
every minute more unprepared

I made a mistake in my life today
everything I love gets lost in drawers
I want to start over, I want to be winning
way out of sync from the beginning

I wanna hurry home to you
put on a slow, dumb show for you
and crack you up
so you can put a blue ribbon on my brain
god I’m very, very frightening
I’ll overdo it

Tenho uma amiga que está um pouco confusa sobre o novo papel da mulher no jogo da sedução. Nos dias que correm é suposto que seja a caçadora ou mantém o seu papel supostamente ingénuo de presa?
Tenho uma amiga à beira de um esgotamento, outra a entrar em depressão, outra que continua à espera por quem não deve esperar. Tenho uma amiga que toca e foge porque não lhe é permitido ficar. Tenho uma amiga rodeada de abutres à espera que ela caia. Tenho uma amiga em banho-maria. Não é um bom momento para as minhas amigas apesar de continuarem as gargalhadas e os copos e os brindes. A quê? À mudança. É urgente.

quinta-feira, junho 05, 2008

Tenho uma amiga que de dois em dois anos, mais ano menos ano, é obrigada a tomar decisões. Não são decisões de animo leve que a vida passa por ela em peso, a vida não quer ser uma aragem e obriga-a a virá-la do avesso. Mas a pergunta é: porquê? Porque é que quando a vida dela pode melhorar há sempre a de alguém que piora um bocadinho? É sempre assim? Tem de ser sempre assim? E as decisões? Não podem ficar-se apenas pelo dilema de atravessar ou não a rua no vermelho, comer pão ou cereais ao pequeno-almoço, vestir saia ou calças de manhã, dormir ou não mais 1o minutos, ir à festa ou ficar a descansar, beber vinho branco ou vinho tinto... há tantas decisões que ela poderia tomar sem o peso de uma vida pela frente. É mais uma fase para aguentar sem medo. Que o futuro cheira o medo.

terça-feira, junho 03, 2008

Amy Winehouse - Back to Black - Live Rock in rio

Agora...

Sim, depois há os que mudam drasticamente em 4 anos.

Amy Winehouse - Stronger Than Me - Wembley - 2004

Antes...

segunda-feira, junho 02, 2008

Tenho uma amiga que viu Bon Jovi ao vivo duas vezes. A primeira foi há quinze anos. A última foi no sábado. Em 93 tinha quinze anos, viva no Porto, era virgem, não fumava, não tinha asma, e fez do concerto o acontecimento do ano. Foi com duas amigas do Porto a Lisboa para ver Bon Jovi, para ver a banda favorita, para ver o homem com quem sonhava todas as noites. Ele estava com uma camisa branca e um fio ao pescoço. Foi entrevistado pela Sofia Louro para a RTP, a mulher mais invejada desse dia. Começou o concerto com I believe do álbum Keep the Faith. E o resto… o resto aconteceu também no sábado. Ela voltou a ter 15 anos. Os gestos, os tiques, as músicas, a competência em palco. Ela voltou a ter 15 anos. O cabelo do senhor Bon Jovi, a voz. You give Love a Bad Name, Bad Medicine, Ohhhh she’s a little Runaway. Ela voltou a ter 15 anos e sabe as letras todas de cor. Ela tem agora 30 anos. As amigas também. Depois do concerto de há 15 anos foram às suas vidas. Tiraram cursos, casaram, uma teve filhos e a outra é advogada. A minha amiga mudou-se para Lisboa, faz parte do mundo dos media, fez escolhas, cresceu, esqueceu-se que, um dia, foi fã de Bon Jovi. Até sábado. Ela voltou a ter 15 anos. Nessa noite voltou a sonhar com o senhor Bon Jovi. O melhor do concerto é perceber que, 15 depois, eles estão iguais, com a mesma garra, com a mesma competência, com a mesma capacidade de pegar no público do início ao fim do concerto. Mesmo que seja mecanizado, mesmo que a camisola da selecção vestida no final do concerto tenha sido manobra e não sentimento. Que importa? A minha amiga de 30 anos voltou a ter 15 e gritou uma vida que passou durante o concerto dos Bon Jovi.
Tenho uma amiga que foi ao Rock in Rio porque teve de ser. Não gosta do conceito, da falsidade que inspira a frase Por um Mundo Melhor, das pessoas que só lá vão porque fica bem ir ao Rock in Rio, do cartaz, do aspecto limpinho porque festival é à Woodstock, sujo, cheio de drogas e rock&roll e algum sexo (sem chegar ao estado da querida Amy)… não gosta das famílias inteiras de mãos dadas a impedir o trânsito solto de quem quer correr. Mas foi. Foi para ver a decadência em palco chamada Amy Winehouse. A grande revelação dos últimos tempos não vai passar disso mesmo, de revelação. Não vai ter tempo. O que é pena. As canções são brilhantes, soul dos tempos modernos como ninguém consegue fazer, a voz é enorme, mas a imagem marcada pelo excesso é adoentada. Toda a gente se questionava se ela iria ou não aparecer. Antes não tivesse aparecido.