Tenho uma amiga que precisa de droga, muita droga. A ver se acalma. A ver ERVA na 2 e a ouvir Fuck Was I de Jenny Owen Youngs.
What the Fuck was I thinking?
If we werent such good friends I think that I'd hate you.
If we weren't such good friends I'd wish you were dead
Oh it's so embarrasing
I'm this awkward and uncomprable thing,
and I'm running out of places to hide
quarta-feira, agosto 29, 2007
Jenny Owen Youngs - Fuck Was I
Tenho uma amiga que andou pela net à procura de blogs interessantes e descobriu alguns gay&lesbian. Percebeu que ou é um bocadinho homofóbica ou então os gays e lésbicas são mesmo obcecados pela condição que Deus lhes deu. Não haverá gays ou lésbicas que falem de política? Da silly season? Que falem de amizades? Dos fogos na Grécia? Da Maddie? Tudo anda à volta de paradas, fotos explícitas, 15 maneiras de sair do armário, montes de vénus, corpos esculturais, dissertações sobre opções/orientações, bares temáticos, locais temáticos, engates e posições. E é isto. E depois há outro problema. Quase se lhe vaza uma vista quando vê dois homens fofinhos a tocarem-se. E não percebe qual é a beleza de um monte de Vénus cheio de pêlo. Nem de um aparado pente 1. Nem de um totally shaved. Não vê qual a beleza erótica. Porque o dela é bem bonitinho, diz sem pudor. Depois passou os olhos por algumas fotografias. De homens. Vestidos. Homens que ela gosta. Não é um orgulho ser heterossexual. É tão natural como a sua sede.
Clive Owen
Mourinho
Kevin Spacey
Com homens assim... ser lésbica como???
P.S- Vladimir Putin acaba de ser condecorado com o título de ícone Gay. Nem de propósito.
sábado, agosto 18, 2007
Tenho uma amiga que está a passar por um Inverno fora de tempo.
A ouvir: The Fray "How to save a Life"
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O corpo sem força para continuar recusa-se viver. Faz a coisa que tem que fazer para que tudo acabe. Não respira, não quer respirar. E a mente, essa egoísta, não deixa que o corpo descanse de vez. Quer pensar, quer deprimir, quer autoflagelar-se, flagelo mental de não ser mais nada que um exercício de massa cerebral sem resultados práticos. E manda bombas para o corpo. Choques em pó pior que choques eléctricos, um dia nada aguenta mais e explode. Live fast, die hard. Antes o contrário. E o corpo lá acorda à força, persianas abertas de repente, e o corpo levanta-se e anda. Já respira, contrariado, mas que remédio o ventilador ventilan. Olham à volta, corpo e mente, e nenhuma conclusão. É continuar a ver.
“Se não tens nada agradável para dizer então não digas nada”. Percebi, finalmente, porque sou tão calada.
Para quê falar? As palavras traduzem o que pensamos ou traem-nos? Se não dizem exactamente o que pensamos porque se perdem no canal, por não haver palavras certas que traduzam a balbúrdia de ideias que nos vai cá dentro, então para quê falar? Então silêncio.
“Se não tens nada agradável para dizer então não digas nada”. Percebi, finalmente, porque sou tão calada.
Para quê falar? As palavras traduzem o que pensamos ou traem-nos? Se não dizem exactamente o que pensamos porque se perdem no canal, por não haver palavras certas que traduzam a balbúrdia de ideias que nos vai cá dentro, então para quê falar? Então silêncio.
terça-feira, agosto 14, 2007
New Order - 1963
Tenho uma amiga que já morreu de amores por esta música.
Estado de espírito em estado de música
segunda-feira, agosto 13, 2007
Tenho uma amiga que tem muitas saudades de Dona Teresa, sua empregada. Percebeu agora que a ama verdadeiramente. E precisa dela. Percebeu que a vida não faz sentido sem Dona Teresa por perto. Pensa muito em Dona Teresa. Dona Teresa de aspirador ligado, Dona Teresa de janelas todas abertas e o pânico que os gatos fujam e se suicidem sem querer. Dona Teresa de bata azul, aberta, de soutien à mostra e pano no ombro. Dona Teresa a reclamar porque uma peça de roupa branca tingiu por culpa da minha amiga. Dona Teresa a perguntar “quando casa? Os vizinhos começam a fálár… dévia casar, menina”. Dona Teresa com medo de ser despedida num dia de TPM, fotografias rasgadas e malas à porta. Dona Teresa, pronta, a dar cabo das formigas e dos pêlos no ralo. Dona Teresa a mandar vir porque aquele chão não pode levar cera. Dona Teresa da roupa interior impecavelmente dobrada. Não vai mais de férias, não pode, não deve. Um quarto está já a ser decorado para a chegada da bebé, Dona Teresa. Um quartinho com amor, cor de laranja, diamantes de Angola e outros motivos africanos para que se sinta confortavelzinha. Isso e umas grades.
Tenho uma amiga que vai fazer um spot para televisão. Um anúncio a um banco. Qualquer ficção com a semelhança é puramente realidade.
“Quem sai de uma cidade como eu tem que se adaptar a muitas coisas novas, incluindo a língua. Eu, por exemplo, tive que aprender que
- cruzeta é cabide
- sapatilhas é ténis
- aloquete é cadeado
- estrugido é refogado
- foguete nas meias é malha nas meias.
E banco…
Banco? Banco é fácil!
Banco é… Ladrões!!!”
E é isto.
“Quem sai de uma cidade como eu tem que se adaptar a muitas coisas novas, incluindo a língua. Eu, por exemplo, tive que aprender que
- cruzeta é cabide
- sapatilhas é ténis
- aloquete é cadeado
- estrugido é refogado
- foguete nas meias é malha nas meias.
E banco…
Banco? Banco é fácil!
Banco é… Ladrões!!!”
E é isto.
sexta-feira, agosto 03, 2007
Tenho uma amiga que qualquer dia é comparada ao Cesariny tal a loucura da escrita que a move. Ou se calhar não é comparada ao Cesariny, mas o surrealismo corre-lhe nas veias… ou isso ou estupidez, estou indecisa.
Ode ao Zarolho de meia vista
Tenho muita coisa a dizer e nada a declarar
O sol, esse vernáculo
Que vicia a pele e a libido
Esmoreceu à noite porque não aguenta
O raio da vida que tem.
Pobre do homem que não é cego
E vê tudo às claras
Noites em branco à força
Sorte da carne que é comida
Com vontade e fome e necessidade
E as mulheres de caras largas e queixos grandes
Que são fortes de princípios, meios e fins
Unhas que cravam os cheiros
Dos homens que já estão esquecidos
Ancas do tamanho de parir gémeos
Vidas alheias que são das nossas línguas
O veneno que sai dos dentes, impecáveis na forma
Podres na intenção e no ranger das palavras
A morte.
Porque tudo isto tem de acabar um dia
Ode ao Zarolho de meia vista
Tenho muita coisa a dizer e nada a declarar
O sol, esse vernáculo
Que vicia a pele e a libido
Esmoreceu à noite porque não aguenta
O raio da vida que tem.
Pobre do homem que não é cego
E vê tudo às claras
Noites em branco à força
Sorte da carne que é comida
Com vontade e fome e necessidade
E as mulheres de caras largas e queixos grandes
Que são fortes de princípios, meios e fins
Unhas que cravam os cheiros
Dos homens que já estão esquecidos
Ancas do tamanho de parir gémeos
Vidas alheias que são das nossas línguas
O veneno que sai dos dentes, impecáveis na forma
Podres na intenção e no ranger das palavras
A morte.
Porque tudo isto tem de acabar um dia
Tenho uma amiga que me enviou os seguintes recados:
… E Deus criou a TPM porque não suportava ver mulheres felizes e despreocupadas…
… E Deus criou a diarreia porque não suportava ver a classe das mulheres…
… E Deus criou as burocracias para dar o que fazer às pessoas chatas e desinteressantes…
… E Deus criou as putas porque tinha de haver alguém a interessar-se por Ele, mesmo que a troco de dinheiro.
… E Deus criou dias maus porque tem inveja de alguns pecados que os mortais cometem… e que sabem tãoooo beemm….
… E Deus criou a TPM porque não suportava ver mulheres felizes e despreocupadas…
… E Deus criou a diarreia porque não suportava ver a classe das mulheres…
… E Deus criou as burocracias para dar o que fazer às pessoas chatas e desinteressantes…
… E Deus criou as putas porque tinha de haver alguém a interessar-se por Ele, mesmo que a troco de dinheiro.
… E Deus criou dias maus porque tem inveja de alguns pecados que os mortais cometem… e que sabem tãoooo beemm….
Tenho uma amiga que, numa breve reflexão sobre a qual classe social pertenceria, chegou à conclusão que pertence aos Novos Pobres. Cheios e ar no peito, com um nível cultural aceitável, emprego reconhecido, figura agradável à prova de mau gosto, bom português na língua mas sem dinheiro para mandar cantar um cego. Valha-me a Dorothy Parker para acalmar o espírito: “If you want to Know what God thinks of money just look at the people he gave it to.”
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