Tenho uma amiga que tem muitas saudades de Dona Teresa, sua empregada. Percebeu agora que a ama verdadeiramente. E precisa dela. Percebeu que a vida não faz sentido sem Dona Teresa por perto. Pensa muito em Dona Teresa. Dona Teresa de aspirador ligado, Dona Teresa de janelas todas abertas e o pânico que os gatos fujam e se suicidem sem querer. Dona Teresa de bata azul, aberta, de soutien à mostra e pano no ombro. Dona Teresa a reclamar porque uma peça de roupa branca tingiu por culpa da minha amiga. Dona Teresa a perguntar “quando casa? Os vizinhos começam a fálár… dévia casar, menina”. Dona Teresa com medo de ser despedida num dia de TPM, fotografias rasgadas e malas à porta. Dona Teresa, pronta, a dar cabo das formigas e dos pêlos no ralo. Dona Teresa a mandar vir porque aquele chão não pode levar cera. Dona Teresa da roupa interior impecavelmente dobrada. Não vai mais de férias, não pode, não deve. Um quarto está já a ser decorado para a chegada da bebé, Dona Teresa. Um quartinho com amor, cor de laranja, diamantes de Angola e outros motivos africanos para que se sinta confortavelzinha. Isso e umas grades.
segunda-feira, agosto 13, 2007
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1 comentário:
Diz à tua amiga...para por o cu virado p a lua e começar a esfregar o chão! ahahahahha
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