terça-feira, dezembro 02, 2008


Tenho uma amiga que diz que o amor ultrapassa fronteiras. Mentira. O avião é que ultrapassa. O amor faz as pessoas apanharem os aviões. O amor pelas viagens. Mais uma viagem. Será amor?

Correndo o risco de tornar este espaço num blog musical aqui vai mais uma. Mas esta tinha mesmo de ser.

I wanna set it straight
I wanna make it right
But man you're so far away

Oh, I'll hold still for a moment so you'll find me
You're so close, I can feel you all around me boy
I know you're somewhere out there


segunda-feira, dezembro 01, 2008

Tenho uma amiga que fez 31 no sábado. Fim de reflexão. Festa animada (a parte do Music Box. Da outra saímos a meio porque o dj era demasiado bom para estarmos apenas a conversar e dizer mal dele. O homem merecia que se dançasse. Mas não nós, desculpa lá qualquer coisinha.) Nada Mudou. Viagem marcada para Londres. Porque o photoshop não mata saudades. E porque frio por frio mais vale que seja com alguém ao lado para aquecer os pés. E alma. E o resto.

sexta-feira, novembro 28, 2008

Bad Day...

Tenho uma amiga que não morre de amores por este Tiago Não Sei Quê. Mas precisa de sol e gosta de ti. Ou precisa de ti e gosta do sol. Qualquer coisa assim.

Há qualquer coisa de leve...

quinta-feira, novembro 27, 2008

Tenho uma amiga que escolheu Beatles para os últimos dias dos 30 certos.
Musica para reflectir...ou apenas ouvir.






quarta-feira, novembro 26, 2008

Tenho uma amiga que está a três dias do dia. E agora três dias de reflexão. Neste blogue, até sábado, só hinos da campanha e reflexão.

A fazer campanha desde 1977.

Yes, We...ekend!

Até lá.

domingo, novembro 23, 2008

Tenho uma amiga que está quase a fazer anos.



...e não tem tapete de entrada. Não é Lindo?

http://www.uncommongoods.com/item/item.jsp?source=family&itemId=16678

sábado, novembro 22, 2008

Tenho uma amiga e um amigo muito chatos. Os paramédicos do amor foram paramédicos da saúde e no meio de puxões de orelhas e sermões lá decidiram a minha vida. Os paramédicos são dois (aliás, somos 3 uns dos outros) e falam de mim e comigo como se eu não tivesse uma palavra a dizer.

- “eu já lhe disse que não podia sair á rua de casaco de malha.”
- “ vais ao hospital e é já. Estou a caminho de tua casa”
- “ Quando chegares a casa dela liga-me para decidirmos o que fazer”
- (aos gritos) “Estás a guardar os casacos quentes para Londres, é? Que seja a última vez! Eu avisei-te”
- “Há quanto tempo tens febre? Deixa ver. Vai tirar a febre. E a tosse é seca ou com expectoração? O que é que estás a tomar? O que é que jantaste? O termómetro ainda não esteve o tempo suficiente, tira outra vez a febre.”
- “ Por hoje passa mas amanhã vais ao médico”.

E como uma tem um fim-de-semana de despedida de solteiro e outro uma formação enviou uma representante para cuidar de mim. A Namorada! Que, com toda a paciência e boa vontade lá andou comigo e fazer tudo o que estava na encomenda. Agora quando se zangarem não sei de que lado vou ficar. É bem feito! Não sei bem porque é que estou a por isto por escrito. Mas acho que é por estas e outras que o meu blog é dedicado às amigas e aos amigos que eu tenho. Também podia chamar-se “Os meus amigos são melhores que os teus”. Porque são os melhores. (ponto) mas muito CHATOS.

(Ter ido ao centro de saúde acabou por ser positivo. A senhora pediu-me o BI ou cartão de estudante. Aos 30 anos.)

sexta-feira, novembro 21, 2008

Tenho uma amiga que pergunta “como é que se sabe que ele é o tal?”. Sobre isto nada a dizer. Perguntem ao tempo. Só ele sabe. Mas poderei ajudar a reflectir se a pergunta for feita ao contrário. “Como saber que ele Não é o tal?”. Estudos comprovam que nos primeiros tempos de convivência, se estivermos alerta, sentimos que não é o tal. Mas a paixão, a curiosidade ou até a preguiça de sair fora antes que seja tarde impedem-nos de perceber. Estudos feitos por mim, por observação ou experiência feita, comprovam que um homem que nos suga a energia não é o tal. Alguém que nos cansa até não termos mais força para apenas ser não pode estar perto demais, vezes demais. Afinal os requisitos para o tal mudam de lugar no ranking. A inteligência e o elevado sentido de humor são muito bem-vindos mas antes posiciona-se a forma como gostam ou se deixam gostar. Quando estamos com o tal devemos sair de energia renovada. Ou qualquer coisa renovado. A tão-cliché-que-até-assusta lufada de ar fresco (como eu gosto de lufadas de ar fresco… a última levou-me para a cama onde ainda estou a escaldar por ela! Toda eu sou vírus por causa da lufada.). Estejam atentas. Rejeitem qualquer processador de sucção de energia em forma de homem. Não se cansem. Não deixem ninguém alimentar-se de vocês. Esses que tais não podem ser o tal. O tal alimenta e alimenta-se do amor que é feito. E que o faça todos os dias a duvidar do para sempre mas com a certeza que o fará pelo menos só mais um dia. Se quiserem mesmo saber se é o tal, só tempo poderá responder. Perguntem-lhe.

quinta-feira, novembro 20, 2008

Tenho uma amiga preguiçosa que fez anos e que responde a desafios. Eu também. Principalmente a desafios que não são impostos. Apenas sugeridos. Então aqui vai. Parece que antes de responder ao questionário deverei publicar uma foto minha... Foi você que pediu?...


Segue-se uma sessão de respostas ao questionário só com títulos de músicas de uma banda ou artista escolhidos por mim. Escolho Sérgio Godinho e não, não sou comunista.

1) És homem ou mulher? A Linda Joana

2) Descreve-te: Que Força é essa

3) O que as pessoas acham de ti? Perdida em não sei que sonho

4) Como descreves o teu último relacionamento: Mudemos de Assunto

5) Descreve o estado actual da tua relação: Com um brilhozinho nos olhos

6) Onde querias estar agora? Num bilhete de ida e volta

7) O que pensas a respeito do amor? Maçã com bicho

8) Como é a tua vida? Espectáculo.

9) O que pedirias se pudesses ter só um desejo? Elixir da Eterna Juventude

10) Escreve uma frase sábia: A vida é feita de pequenos nadas… Pode alguém ser quem não é?

E agora quem quiser que faça deste questionário um post de blogue bonito. Ou um POSTE. Como queiram.

terça-feira, novembro 18, 2008

Tenho uma amiga que ontem falou tanto que hoje acordou sem voz. Ele acordou sem nariz e com febre. Amor e doença em sintonia a milhares de kilómetros de distância. Que fofo. Estamos doentes de amor. Ou então é só gripe.

segunda-feira, novembro 17, 2008



Tenho uma amiga que se tornou adulta. À moda antiga. Com um telefone retro fixo igual a este. Que faz long distance love calls. Que faz trim-trim. E ontem fez trim-trim tão bem...
Tenho uma amiga que me mandou um email. Uma amiga que era a melhor nos tempos de escola. Que tem a minha idade, tem um filho e um homem de papel passado. E que me viu na tv e decidiu retomar o contacto. Fez bem. Era a minha melhor amiga. A Ana loirinha que me deu um grande desgosto quando escreveu "Quando fui à primeira consulta de grávida, (há aproximadamente 1 ano) sabes quem encontrei lá?..um ex- teu, o António Pedro com a mulher!!! Por acaso estava bem giro e continuava simpático!). Caiu-me tudo! O meu primeiro namorado está casado. Pronto, já não há esperança. Só falta um ex-namorado casar... já está tudo corrido. Mas logo ele? O único homem que me deixou até hoje? Que acabou comigo no alto da maturidade dos 11 anos? E só porque me recusava a dar beijos de língua? Estou oficialmente em depressão profunda. Era lindo. Tinha duas covinhas, olhos azuis e o único defeito dele era querer dar beijos de língua. Quando li o mail desabafei em voz alta "era comigo que ele devia ter casado". Ao que alguém respondeu "se tivesse casado contigo já estaria divorciado a esta altura". Ninguém me leva a sério em matéria do amor. Não percebo porquê...

quinta-feira, novembro 13, 2008

Tenho uma amiga que arriscou desafiar-me nestes dias tão perigosos. Dias de matar com os olhos e cortar diferenças de opinião às postas. Dias de Tempestade Perigosa Maquiavélica. Sim, a nossa e vossa TPM. Ontem fez uma vítima, hoje quase outra.

E se me perguntam "Porquê? Como? A que propósito? Tás parva? O que foste fazer? Mas não tinhas dito que..." Eu respondo com um vídeo. Só para não ser agressiva.(O vídeo é também dedicado a todos/as os/as que já voltaram atrás)





It wasn't logic, it was Love. Nada mais a acrescentar.
Tenho uma amiga que está quase a fazer mais um dia de mais um ano. No ano passado foi assim...

E a foto não foi escolhida ao acaso... está aqui muito resumido o ano que passou. (não é bá?)
Tenho uma amiga que foi ontem ao concerto dos Keane. Acabou por achar muita graça. Não estava à espera de ver um coliseu dos recreios esgotado para ver os Keane. Não estava à espera de ouvir tanta música nova (ou que não conhecia). Foi ver. Afinal, desde os tempos que ela ouvia e até gostava de Keane já saíram mais dois álbuns e o último diz que é muito bom. Então está bem. Que o rapaz com cara de bolacha Maria se mantenha longe das drogas ou do álcool que isso só bate bem ao Jorge Palma. E que os Keane continuem a encher salas e a dizer frases inteligentes e, acima de tudo, originais por esses coliseus fora. Frases como “o mundo está diferente, na semana passada demos um passo nesse sentido”. Fantástico. Palmas para estes senhores. Nunca ninguém tinha dito isto antes, excepto talvez as 3228483742472372473343 pessoas que o mencionaram ao de leve nos últimos dias. Pronto. Concerto visto, canções recordadas. Parece que agora a melhor que eles fizeram até hoje chama-se Perfect Symmetry. Mas eu continuo a preferir aquela do primeiro disco que se chamava (e acho que ainda chama) Somewhere Only We Know. “This could be the end of everything… so why don’t we go… somewhere only we know”… qualquer coisa assim. Achou graça o concerto ter sido tão importante para tanta gente naquele coliseo a julgar pelas caras de burro a olhar para um palácio. A minha amiga gosta de ver pessoas felizes. Desde que não sejam casais.

Efeitos colaterais do concerto: chegou a casa e comprou uma viagem para Londres. É um bocado bipolar da parte dela mas, e depois? Não lhe digam nada hoje. Ela está com TPM. É só para avisar…

quarta-feira, novembro 12, 2008

Tenho uma amiga que foi vítima de violência ex-doméstica. O ex-namorado tentou partir-lhe um dedo. Cansado de sofrer com a faceta chata que ela tem e que gosta tanto de descarregar sobre ele. Porque sempre foi assim e essa faceta chata sempre o fez rir e desesperar ao mesmo tempo. Ela sempre conseguiu tirar-lhe a cor cinzenta e dar-lhe um ar mais colorido. Mesmo depois de alguns anos de separação. E ele o que fez por ela? Isso ela nunca lhe disse, mas diz agora. Toda a estrutura emocional que ela exibe muito bem feitinha, muito decidida, muito segura do que quer, foi ele que ajudou a construir. A parte mais bem resolvida deve-se a ele. Cresceu com ele. Não às custas dele. E agradece-lhe por isso. E gosta de o ver todos os dias e pensar: “Foi das pessoas mais importantes da fase que tem o título: Lisboa.”

segunda-feira, novembro 10, 2008

Tenho uma amiga que está qualquer coisa compulsiva.
E não sabe o que fazer no aniversário que aí vem.
E não sabe o que fazer no Natal.
E não sabe o que fazer.
Está qualquer coisa compulsiva
Tenho uma amiga que há uma semana cantava:

Naquela linda manhã
Estava a brincar no jardim
A certa altura a mamã
chamou-me e disse-me assim
Não andes só a correr
tropeças sem querer
se cais ficas mal
respondi pronto está bem
depressa porém
esqueci-me de tal...
Não me lembro depois como foi
escorreguei caí no chão
no joelho ficou um doi-doi
no nariz um arranhão
desde então procurei ser melhor
por ser má fui infeliz
Faço agora tudo quanto a mamã me diz....

E também... (desde há uma semana para cá)

Olhá bola Manel
Olhá Bola Manel
Foi-se embora, fugiu
Olhá bola Manel
Olhá Bola Manel
Nunca mais ninguém a viu...

... E a minha amiga chama-se Manel.
Tenho uma amiga que tem o seguinte nick no messenger: "Quem já se queimou com sopa, sopra até o iogurte". Soltei um grande F***-se... arrastado e convicto. (diz que é um ditado grego)
Tenho uma amiga que odeia abutres. Que se aproximam de mansinho. Que aproveitam os espaços em branco e se aproveitam do tempo que sobra. Que esperam pela queda, esperam que o cansaço vença. Esperam que ela ceda à presença. Que esqueça a ausência. E que se vão aproximando cada vez mais. Tenho uma amiga que odeia estes abutres à procura de corações moribundos. O dela ainda não está. Está nas mãos dela. Vivo. Mas sem saber para e por onde ir.

domingo, novembro 09, 2008

Tenho uma amiga que apanhou um torcicolo a assoar-se. Que todos os músculos estivessem tão rijos como aquele! Mal se consegue mexer. Mal consegue tossir. E agora que lhe dava tanto jeito expulsar os demónios interiores. Só os dedos e os poucos neurónios queimados mexem a tempo de dizer: Aquele gajo desalinha-me os chakras!

segunda-feira, novembro 03, 2008

Tenho uma amiga que passou pela terceira despedida. Não mata mas mói. Ele com um circo no estômago. Ela a experimentar acrobacias emocionais. Estes meus amigos estão longe um do outro e vivem o "coisinho" que têm entre eles como toda a gente devia viver mas tem medo. De se dar. Estes só podem dar-se como se não houvesse amanhã. Porque o mais certo é não haver mesmo o amanhã. E isso não mata, mas mói. E às vezes mói sem palavras que o definam.




In a Manner of speaking
I just want to say
That I could never forget the way
You told me everything
By saying nothing

In a manner of speaking
I don't understand
How love in silence becomes reprimand
But the way that i feel about you
Is beyond words

Oh give me the words
Give me the words
That tell me nothing
Ohohohoh give me the words
Give me the words
That tell me everything.

segunda-feira, outubro 27, 2008

Tenho uma amiga que tem um blogue que fez 2 anos no dia 16. A data ficou esquecida, a amiga já tem o blogue como garantido. As relações são todas iguais. Mudou tanta coisa. Mas o blogue continua com a mesma razão de existir. Porque as amigas são as mesmas. Obrigada a todas.

sábado, outubro 25, 2008

Tenho uma amiga que foi ver Lemonheads. Tenho uma amiga que foi ver Lemonheads e bebeu sumo de laranja. Há coisas que mudam. Como mudam os cabelos, agora inexistentes, dos que freneticamente os abanavam ao som de It’s a Shame about Ray. Muda a roupa. A t-shirt lavada no programa errado da máquina dá lugar à camisinha azul sem vincos. A barriga que agora traz toda a dedicação de uma mulher em casa ou dos bifes com mostarda gordurosa para os já divorciados. Giro foi ver pais de família, carecas nostálgicos, barrigudos orgulhosos, machos convictos aos saltos e aos gritos “Please Don’t Break My Big Gay Heart”! A minha amiga esteve ontem com o povo dela. Os trintões. E está bem melhor do que eles… Está bem melhor do que Evan Dando que não lava o cabelo desde 1993. Só lá vai com corte, pente 2. Mas foi bom recordar… Nas vésperas do primeiro dia do futuro incerto. Que venha ele… que venha depressa!


buy some time and come back for it
before long
before it's gone
patience is like bread I say
I ran out of that yesterday
it's about time
it's about time

(The Lemonheads)

quarta-feira, outubro 22, 2008

Tenho uma amiga que recebeu uma carta de amor em tempo de guerra. O ser amado fez-se soldado e foi para a guerra. Uma guerra interior, que seja, numa cidade longínqua. Foi há 3 meses e volta esta semana para descanso do guerreiro. Mas volta só um bocadinho. Quando as pessoas se juntam fazem logo planos, traçam linhas, programam os próximos passos. Apresentar aos amigos, passar o primeiro fim-de-semana juntos, calcular o número de vezes que se devem ver durante a semana, apresentar à família, adoptar um animal de estimação juntos, as primeiras férias, viver juntos ou não, ter filhos ou não. A minha amiga e seu soldadinho de chumbo têm apenas um objectivo desde que se “juntaram”: o reencontro. O próximo passo desta relação é sempre e unicamente o reencontro. Nada mais. E vem aí mais um. Não se sabe quanto tempo vão aguentar o turbilhão das despedidas, a angústia da espera, a expectativa do regresso. Mas não vai mudar o prefixo do “-zinho” tão cedo. Não vai deixar de ser a picola tão cedo. Não pode, não quer. Tenho uma amiga que está a contar os dias. Para falar baixinho. Para andar de autocarro sem ter lugar, apenas um braço a segurá-la. (E nunca se sentiu tão segura.). Para estar calma e dizer parvoíces. Para o que estiver para vir. Para lembrar que durante a vida vamos brincando com bonequinhas russas até encontrar a mais pequena. A mais pequena é a minha amiga. A mais pequena sou eu, agora sim. A picola. Do seu soldadinho de chumbo.

terça-feira, outubro 21, 2008

Tenho uma amiga que vai ver Lemonheads ao Santiago Alquimista. Sexta-feira. 22 horas.

I Know a place where I can go...


Tenho uma amiga que é uma miúda esperta. Sempre a tive em boa conta por isso. Envolve-se apenas como deve ser e com quem deve ser. No timing certo, à velocidade certa, com a postura certa. Entre o altivo e o quase doce. Ou entre quatro paredes. Não sei bem. Sei que eles vão ficando sem lhe dar muito trabalho, sem dramas, sem facas nem alguidares, sem medos. Ela vai ficando também. Porque sim, porque ali está bem, porque vale a pena. Ou então não se envolve, ou então não fica. A miúda não é burra de todo. Passa ao lado dos don Juan da vida a fazer caretas. Não gosta deles, acha-os previsíveis e maçadores. Acha-os uma perda de tempo. E ela não gosta de perder. Muito menos o tempo. Não vou aqui discutir níveis de inteligência, mas da emocional quase podia apostar que tem de sobra. Quando vê alguém a fazer de casca de banana no chão, rodeia, contorna, salta por cima, não pisa, não corre o risco. Sabe ver onde está o perigo e, porque não é mesmo nada parva, foge enquanto é tempo. Sim, foge enquanto é tempo. Foge enquanto é tempo… Foge enquanto é tempo!

domingo, outubro 12, 2008

Tenho uma amiga que voltou atrás. Tenho outra que está a pensar e gostava de voltar atrás. Tenho um amigo que volta sempre atrás. Tenho uma amiga que está a andar para a frente. Tenho outra amiga que não sabe o que tem pela frente. Tenho uma amiga que tem medo de olhar de frente...para o espelho. Tenho uma amiga que não se importa com o que tem. Tenho outra que não acredita no casamento... nem em botox. Mas está aqui para todas as anteriores. Porque a vida é um príncipe e um sapato perdido...mas não exactamente como no conto infantil. Normalmente a historia acaba com a vontade de atirar um sapato perdido à cabeça do príncipe. Das amigas não se fala nesses contos. Não é preciso. Elas estão lá... nas entrelinhas das melhores histórias de encantar...


domingo, outubro 05, 2008

Tenho uma amiga que foi ao Porto. E sentiu orgulho em ser portuense. Portuense das ruas de Cedofeita. Do Piolho de sempre. Das noites na Rua Galeria de Paris, um bairro alto com pessoas de bom aspecto. Portuense do Café Lusitano e do Armazém do Chá. Das entradas do restaurante Bibó Porto. Do festival "Se esta rua fosse minha" promovido pelo Plano B. Da Rua Miguel Bombarda... no Artes em Partes, nas lojas de roupa, nas galerias, num centro comercial onde não vão as famílias do Colombo ao domingo. Comprou uma jóia da Crica (o que foi? é uma marca), encontrou amigos de Universidade, comprou óculos com defeito, salivou na Vertigo (www.vertigo-store.com). Vale a pena ser do Porto. Se esta cidade fosse minha trazia-a para mais perto de Lisboa.

Imagens que ficam...







À venda na Vertigo. Obrigada ao clã Azevedo

Tenho uma amiga que descobriu esta música e faz dela banda sonora promocional. A minha amiga Fox. Com séries que se tomam em comprimido, injecção ou alarvemente. E com textos a atirar para o sentimental com musiquinhas revivalistas a acompanhar. Como esta.

A Jeanette. Porque te vas?

terça-feira, setembro 30, 2008

Tenho uma amiga que viveu a adolescência e entrada na idade "adulta" nos anos 90. Percebeu há dias, ao entrar numa loja, que os anos 90, os anos dela, os que a marcaram mais, estão de volta. Em forma de estar na moda. Anos 90 é retro. E a amiga é oficialmente velha. Na loja, ouvir os Stone Roses lembrou-lhe tempos em que era rocker e sofrida. E percebeu o motivo do fracasso emocional das pessoas que a rodeiam incluindo-a no círculo-circo. A Cortar os pulsos é que era bom. Para quê ter uma relação colorida e levezinha? Ninguém está habituado a isso. A música fazia sofrer com gosto, a roupa era negra. Os ídolos morriam cedo. Era tudo muito mau e assim é que era bom. Ou não era?










Estas eram algumas das músicas da vida da minha amiga. Quando a vida ainda era nova, ingénua, crente, e por preencher. Agora é que ela está bem.

sexta-feira, setembro 26, 2008

Tenho uma amiga que quer este perfume. Ou quer qualquer coisa deste perfume. Hey Jude... take a sad song and make it better...




quarta-feira, setembro 24, 2008

Tenho uma amiga que entra neste vídeo. Que vergonha de amiga que eu tenho.


segunda-feira, setembro 22, 2008

Tenho uma amiga que foi de férias e já voltou. Foi a Roma e foi a Londres. As ruas de Roma são as do Bairro Alto com trepadeiras e sem grafitti. As pessoas de Roma são brutas, os homens não olham... devoram com os olhos. A língua apetece saber dizer. Mas o melhor de Roma é a comida. O melhor de Roma foram os amigos novos. Um austríaco, um irlandês, um italiano, um americano, um brasileiro... todos gay, todos diziam OH-MY-GOD como só os gay sabem dizer! O melhor de Roma foi também a partida para Londres. Uma partida para não mais voltar. Pelo menos parte dessa amiga ainda lá está. Naquela casa... naquele quarto... Naquela maneira desajeitada de chegar. No Benugo, que afinal não era um prato típico nem um legume, era o nome do centro de artes ou-lá-o-que-era para ver a peça que nunca viu por ter chegado sempre atrasada. Não viu? Viu. Mas era uma peça real, disse-lhe alguém. Ai está lá, está...Nas ruas, debaixo da ponte, a ouvir ópera enquanto janta um brownie de chocolate e bebe um cosmopolitan a meias. Parece que tudo a meias. E as meias existem mesmo quando não era suposto e não faz mal. Nada faz mal. Está lá.. Em Camden Town. Em Little Venice. Num restaurante de sushi a comer massa, a ouvir uma espécie de RFM sentada no chão. Em Primrose Hill e em todos os parques da cidade com a manta, os noodles e a sensação de encaixe perfeito. Está calada quando lhe apetece, quando apenas os pensamentos têm vontade de falar. Sempre baixinho. Nunca com perguntas. Nunca ouviu um "porque é que estás tão calada?" E depois? E se estava? Ninguém queria saber dessas ninharias. Ninguém queria saber se ela se dava com e a pessoas. Estava lá. E isso assumiu uma importância não assumida mas irreversível. E ela lá. Na London Eye com Londres aos pés e o coração nas mãos. No reflexo da janela do metro com a imagem que queria ver reflectida. Em Portobello a viver devagarinho, sem pressa. Naquele pijama preto. No sofá a tentar não dormir porque "se te apanho a dormir vais já prá cama". Tudo tão novo. Tudo tão faz-sentido. A ouvir o Jay Sean com sentimento de culpa, em segredo cúmplice. No lado certo da cama. A esquecer-se lá do próprio cheiro. A demorar-se... por causa dos cremes e porque é assim mesmo. A enganar-se no metro. A olhar para onde queria, na direcção que queria. E então? Não há quem a queira mudar. Está lá ainda a proteger-se do frio. Com o céu azul. O céu esteve sempre azul, de um azul-troça e vingativo. Está lá a fazer nós. Na garganta, no estômago, na amiga. Está lá a ser a picola porque teve de ser. A coleccionar recordações de tudo. A antecipar uma espécie de dor. Está lá com alguma parte finalmente preenchida mas sem peso extra. Está lá mas já voltou. E deixou o queijo feta para trás. Trouxe coisas. Trouxe uma mala cheia de roupa e de uma cena marada. Trouxe um grande ponto de interrogação e duas palavrinhas antes dele: E agora?

quinta-feira, setembro 11, 2008

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Tenho uma amiga que mesmo antes de...
This is from the film Before Sunset, Richard Linklater's sequel to his first movie about an American (Ethan Hawke) and a French woman (Julie Delpy) who fall in love in Europe. In this clip, Delpy's character performs a waltz she wrote that describes her experiences in the first movie. I've been a long-time fan of Delpy, and wasn't aware she was such a great musician until I saw this part of the movie (she wrote the lyrics and the music, I believe).
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quarta-feira, setembro 10, 2008

Tenho uma amiga que vai a Londres. Antes de Londres vai a Roma. Vai a Roma de férias. Vai a Londres de rajada. Há sempre um bom motivo para ir a Londres. A Londres para se encontrar. Para encontrar alguém. Para encontrar Londres. Há dois anos a cidade foi um ponto de partida, uma visita inesperada. Há dois anos foi a Londres estar sozinha e ele apareceu em Russell Square. Tudo muda. Este ano vai a Londres cumprir uma promessa. A promessa de ir a Londres em Setembro. Como é Londres em Setembro? Lisboa em Setembro é cheia de dúvidas. Umas vezes cheira a molhado de fresco outras a sol transparente. Lisboa em Setembro respira de alívio e de espanto porque conseguiu chegar a Setembro. Prepara-se para os dias frios. Compra botas, recolhe a ventoínha, faz as malas para deixar o Verão. Passa as tardes a comer tostas de queijo de cabra a ouvir fado com vista para o Tejo. Vê-se e faz-se filmes. Fecha os olhos e pensa que nunca vai ter de dizer adeus às amigas (e amigos) que tem. São coisas que se pensam em Lisboa no mês de Setembro. Com bilhete de avião emitido. Para Londres. Desta vez vai ser diferente. Não leva um guia para visitas obrigatórias. Não leva linhas de orientação. As linhas estão escritas na mão... dizem as videntes. Mas não quero que as leiam. Não quero saber o que dizem. O único mapa que leva é o astral, para quem acredita nessas coisas. Quero ser portuguesa e antecipar este sofrimento todos os dias como nós tão bem conseguimos fazer. Já me vi em todas as situações, já pintei todos os cenários, já me vi desistir de ir. Mas vou. O pior que me pode acontecer é deixar de gostar... de Londres. Mas também disso não tenho medo. O céu de Lisboa não se compara ao céu de Londres. É, literalmente, de longe mais bonito!

Will you let me romanticize,
The beauty in our London Skies,
You know the sunlight always shines,
Behind the clouds of London Skies.

Nothing is certain except everything you know can change,
you worship the sun but now,
can you fall for the rain...

Jamie Cullum, London Skies.

Tenho uma amiga que.... o resto escrevo no regresso. Fui.

terça-feira, setembro 09, 2008

Tenho uma amiga que ontem viu um filme que já devia ter visto há algum tempo. "Antes do Amanhecer". Ethan Hawke e Julie Delpy nos papéis de Jesse e Celine. É de 1995 mas podia ter sido de hoje. Leva a história com ela na viagem que se aproxima. E deixa algumas citações.

Jesse: I don't know, I think that if I could just accept the fact that my life is supposed to be difficult. You know, that's what to be expected, then I might not get so pissed-off about it and I'll just be glad when something nice happens.

Jesse: I know happy couples... but I think they lie to each other!

Celine: I like to feel his eyes on me when I look away.

Jesse: You know what's the worst thing about somebody breaking up with you? Is when you remember how little you thought about the people you broke up with and you realize that is how little they're thinking of you. You know, you'd like to think you're both in all this pain but they're just like 'Hey, I'm glad you're gone'.

Celine: Isn't everything we do in life a way to be loved a little more?

Celine: Well, who says relationships have to last forever?

Pode ser que encontre um Ethan Hawke na viagem....

segunda-feira, setembro 08, 2008

Tenho uma amiga que agora está sozinha. Sozinha não. Com os paramédicos do amor! Deixem-me explicar. Sábado de Manhã. Recebo um telefonema. Do outro lado uma amiga a chorar. Por causa do amor que lhe fez mal e ela cheia de dores. De cabeça. Do estômago. Da alma. O que é que eu podia dizer? "Não te mexas, respira fundo 10 vezes, não feches os olhos, come uma peça de fruta...". Por acaso podia ter dito. Mas sou uma mulher de acção. Peguei no terceiro amigo, na malinha dos primeiros socorros e fomos. Em grande velocidade...passamos um vermelho (mas foi proque ele não viu) e eu até fiz o barulhinho da sirene. Tinau...tinau...tinau... os paramédicos do amor ao serviço dos amigos. Ou os paramédicos dos amigos ao serviço do amor. Fomos expulsos. Não temos grande jeito e ela tem um grande feitio. Depois ficou tudo bem e passamos juntos o primeiro fim de semana de Inverno. Já passou. Tirámos fotos, rimo-nos, precipitamo-nos, deprimimos - mas só um bocadinho porque não tenho paciência e o telefone até vai tocando- vimos um filme, comemos gelado, maldissemos os objectos da nossa afeição, comemos muito, chegámos à conclusão que queremos viver juntos. Chegámos à conclusão que não queremos viver juntos. Dormimos juntos. Tenho uma amiga que não está sozinha. Estamos cá para ela. Os paramédicos do Amor!

E agora... retiro um texto do blog dela que faz mais sentido do que nunca. Do mestre Miguel Esteves Cardoso.


O amor fechou a loja.
Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade.
Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo.
O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode.
Tanto faz. É uma questão de azar.
O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto.
O amor é uma coisa, a vida é outra.
A vida às vezes mata o amor. A "vidinha" é uma convivência assassina.
O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino.
O amor puro é uma condição.
Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima.
O amor não se percebe... Não é para perceber.
O amor é um estado de quem se sente.
O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende.
O amor é uma verdade.
É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser.
O amor é uma coisa, a vida é outra.
A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre.
Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente.
O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem.
Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado, viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz.
Não se pode ceder. Não se pode resistir.
A vida é uma coisa, o amor é outra.
A vida dura a Vida inteira, o amor não.
Só um minuto de amor pode durar a vida inteira.
E valê-la também."
(Miguel Esteves Cardoso)

domingo, agosto 31, 2008

Stevie Wonder - Master Blaster (Jammin')

Tenho uma amiga que me dedicou esta música. Isto a caminho de Lisboa...a passar a ponte. 8 da noite. Sim, da noite... sinal de que o Verão está a chegar ao fim. E nós a fingir que não percebemos nada, a disfarçar com Muralhas e sushi. Hoje é o último dia de Agosto. E este foi mesmo o último Verão deste ano.

The Script - The Man Who Can't Be Moved

Tenho uma amiga que descobriu esta música e guardou-a sem perguntar se pertencia a alguém...

sexta-feira, agosto 22, 2008

Tenho uma amiga que se está a separar. Tenho um amigo que não sabe se deve separar-se. E eu sou muito egoísta. Porque há um lado obscuro e sórdido de mim que espera que sim, que os dois se separem. Que fiquem os dois só para mim. Para passarmos o Inverno os três de sofá, manta e filmes para chorar. Para planearmos viagens e casamentos a 3. Para eu ser a Miss Tiro-no-Pé SEMPRE até a fazer chorar de tanto rir e fazê-lo abanar a cabeça já sem esperança em mim. Para aturar o mau feitio que eu mais gosto. Para ouvir com um sorriso silencioso o meu amigo dizer “porque eu sei muito bem aquilo que quero, eu sou de fechar portas” com a porta escancarada. Para desmarcar jantares só por eles. Para comer melancia até mais não, sem sentimentos de culpa. Para falarmos de auto-estima. Para nos enganarmos quando falamos de auto-estima. Para que eu tire muitas fotografias a mim própria e seja apanhada em poses estúpidas. Para levar na cabeça. Para ajudar a levantar a cabeça. Para irmos a Nova Iorque ou a Amesterdão. Se continuarmos no modo que-se-foda-o-amor vamos a Amesterdão. A droga é sempre um escape e já estamos habituados a ver-nos sob delírio. Tenho estes dois amigos que quero para mim neste Inverno. Porque será o primeiro Inverno, em muitos anos, que passo sozinha. E o grave problema é que tenho sempre os pés frios no Inverno.
Tenho uma amiga nova. É a

quinta-feira, agosto 21, 2008

Tenho uma amiga que anda aflita para ter um compromisso. Aliás, parece-me que anda tudo aflito para ter um compromisso nos dias que correm. Até a revista Máxima trazia um artigo “Onde andam os homens?” e tal que os homens não querem compromissos e mais o raio que parta a palavra compromisso. Os homens andam aí que eu bem os vejo e ainda ontem um amigo me dizia que sentia falta de andar de mão dada com alguém. Há uma coisa que, homens e mulheres, deviam deixar de parecer: desesperados. Ninguém quer ter uma relação com alguém que esteja desesperado para a ter. Porque tira o encanto e a tusa. Porque deixa de ser especial para ser necessária. Porque enerva e entristece. “Os homens só querem ir para a cama e depois não querem mais nada”. Provavelmente porque aquilo da cama não correu muito bem - acrescento eu- ou porque aquilo da cama foi seguido de uma conversa interminável com direito a interrogatório e quatro mensagens seguidas no telemóvel (mais do que as vezes que o sexo foi feito) e isso.. é chato! A vontade de ter um compromisso, de se assumir alguém, aparece em crescendo, digo eu. Depois de muitas one night stand com a mesma pessoa, muitos desencontros, muitas certezas de que aquilo não vai passar daquilo, muitas recusas, pontos de interrogação. Todas as minhas relações sérias e duradouras (só tive 2) nasceram assim, de casos que não iam passar de casos. Quando demos por nós já estávamos lá completos e não havia espaço para mais ninguém. Sou mulher e também fujo de quem está desesperadamente à procura de relacionamento sério. A fuga é simples: “não estou preparada para ter um compromisso”. A verdade tem mais algumas palavras: não estou preparada para ter um compromisso… contigo… chato do caraças!

sábado, agosto 16, 2008

Adele - Chasing Pavements **IN SYNCH**

Tenho uma amiga que ouve esta música uma vez por dia...

"If I tell the world I'll never say enough 'cause it was not said to you."

Achei que devia dizer.

quinta-feira, julho 31, 2008

Tenho uma amiga que está grávida!!!!!!!!!!!!!!! E eu histérica. Tinha de contar mas como não posso contar a ninguém fica só entre nós. (desculpa lá não ter conseguido ao mesmo tempo que tu mas neste momento não dá mesmo.)

quarta-feira, julho 30, 2008

Tenho uma amiga com o interior todo apertadinho. O coração inchou do vazio soprado com fôlego e tudo à volta tem agora pouco espaço para simplesmente estar.

quinta-feira, julho 24, 2008

Tenho um amigo que acha que uma relação sem compromisso é como um estágio de 3 meses e que, por isso, o mais provável é não conseguirmos o emprego. Não concordo. A ideia parece-me derrotista à partida. Eu também fiz um estágio de 3 meses e fiquei onde estou há 9 anos. Com direito a entrar nos quadros e tudo. Subsídio de férias e aumentos todos os anos. Ainda bem que fiz o tal estágio de 3 meses.

Mas do que eu gosto mesmo são relações a recibo verde. É certo que não há subsídios de férias nem de almoço nem descontos para a segurança social, mas pode-se estar ou não, e voltar a estar e dar descanso e não há horários definidos. Só se fica enquanto se está bem, não se está presa a contratos, só a palavras de honra e às vezes nem isso.

Já me faz alguma confusão o complemento de ordenado. Parte do ordenado que é dado por fora. Significa que aquilo que recebemos assumida e declaradamente não é suficiente. E isso deixa-me triste. E deixar-me-ia desconfortável se o recebesse.

E quem diz que estar desempregado de uma relação é um flagelo social e emocional diz uma grande mentira. Pode-se sempre voltar a estudar e fazer evoluir a parte interior de nós. Dar descanso ao corpo e activar o cérebro. Se a coisa ficar preta e nos faltar o dinheiro para comer sempre se pode optar por um part-time levezinho. Ou um empréstimo bancário. Ou parental.

Só falta saber como será a Reforma. Mas tenho para mim que com a vidinha que levo nunca lá chegarei. Vamos ver…
Tenho uma amiga que tem um amigo que foi viver para Londres. Mas antes de ir provocou uma alteração climática. Não percebemos se foi aquecimento global ou localizado, se foi apenas uma pequena simulação de "enfase". Não percebemos se a amiga V foi ou não brindada com umas gotinhas nos pés. Não percebemos como é que conseguimos conversa de 2 horas com um carpinteiro-a-fingir. (foram 2 horas??). Foi mais uma das nossas noites míticas. Não percebemos como é que o KY se transformou num modelo de carro francês. Não percebemos quase nada porque nos lembramos de muito pouco. Mas para o amigo emigrante... Espero que vivas muitas aventuras dos 5 menos 4 e espero que voltes ou fiques com british accent. E espero que, um dia, consigas tocar e ver os mamilos do tal Luís.

terça-feira, julho 01, 2008

Tenho uma amiga que quer a casa do Tendinha. Alguém lhe diga para sair agora que a minha amiga já contratou a empresa de mudanças.

(Se ele não sair… terá de aparecer outra casa igual para alugar. Para os lados da Sé. Tá?)

sexta-feira, junho 27, 2008

Tonight I have to leave it- Shout Out Louds

So I heard it's no good to run
but it feels so much better now that it's done
and tonight I have to leave it

Tenho uma amiga que sabe que este blog se está a transformar numa colectânea do tipo Now mas com vídeo. Mas a vida da minha amiga precisa de banda sonora como pão para a boca (apesar de não gostar de pão).

Aqui fica mais uma do Now Tenho uma Amiga 68. (é o número que está lá perto mas que se dá ao respeito).

quinta-feira, junho 26, 2008

Tenho uma amiga que tinha uma dúvida. Já lhe tinham dito que, no que diz respeito a homens e relações, enviava os sinais errados. Não sabia o que queriam dizer. Tivemos ontem uma conversa esclarecedora. Sobre o papel das mulheres, o novo papel das mulheres que nos baralha sempre um bocadinho a todas. Porque é que os homens parecem preferir as insonsas e fugir de nós, independentes e emancipadas? Porque enviamos a mensagem de sermos predadoras e cabras insensíveis desejosas de carne fresca o mais fast e descartável possível. E eles, claro, apenas pagam na mesma moeda. E é a partir daqui que se vê a diferença. Porque apesar de todos os sinais enviados nesse sentido, apesar de toda a vontade em ser uma cabra insensível, a mulher envolve-se. Quase sempre. A máscara cai. A cabra torna-se num bambi enjoativo. Mas é um caminho irreversível. Porque o homem já nos pôs o rótulo. E assim se explica tudo de repente. Porque é que os homens preferem as insonsas do que as emancipadas sexuais? Por isto. Ou não é?

terça-feira, junho 24, 2008

Roupa Nova - Dona

Tenho uma amiga que é bimba. Mas às vezes sente-se Dona do Mundo e desses animais. É o pequeno mamífero armado em besta de grande porte. Gosto de bimbas assim, donas do mundo. E o mundo começa no nariz de cada uma!

quarta-feira, junho 18, 2008

Novo anuncio super bock (versão director's cut)

Grande anúncio, grande música, pessoas autênticas, o autêntico, como o slogan pede. O slogan e todos nós...

You see the smile that's on my mouth
It's hiding the words that don't come out
And all of my friends who think that I'm blessed
They don't know my head is a mess
No, they don't know who I really am
And they don't know what
I've been through like you do
And I was made for you...

quinta-feira, junho 12, 2008

The National, Slow Show

Tenho uma amiga em ritmo Slow Show dos National. É isto.

Standing at the punch table swallowing punch
can’t pay attention to the sound of anyone
a little more stupid, a little more scared
every minute more unprepared

I made a mistake in my life today
everything I love gets lost in drawers
I want to start over, I want to be winning
way out of sync from the beginning

I wanna hurry home to you
put on a slow, dumb show for you
and crack you up
so you can put a blue ribbon on my brain
god I’m very, very frightening
I’ll overdo it

Tenho uma amiga que está um pouco confusa sobre o novo papel da mulher no jogo da sedução. Nos dias que correm é suposto que seja a caçadora ou mantém o seu papel supostamente ingénuo de presa?
Tenho uma amiga à beira de um esgotamento, outra a entrar em depressão, outra que continua à espera por quem não deve esperar. Tenho uma amiga que toca e foge porque não lhe é permitido ficar. Tenho uma amiga rodeada de abutres à espera que ela caia. Tenho uma amiga em banho-maria. Não é um bom momento para as minhas amigas apesar de continuarem as gargalhadas e os copos e os brindes. A quê? À mudança. É urgente.

quinta-feira, junho 05, 2008

Tenho uma amiga que de dois em dois anos, mais ano menos ano, é obrigada a tomar decisões. Não são decisões de animo leve que a vida passa por ela em peso, a vida não quer ser uma aragem e obriga-a a virá-la do avesso. Mas a pergunta é: porquê? Porque é que quando a vida dela pode melhorar há sempre a de alguém que piora um bocadinho? É sempre assim? Tem de ser sempre assim? E as decisões? Não podem ficar-se apenas pelo dilema de atravessar ou não a rua no vermelho, comer pão ou cereais ao pequeno-almoço, vestir saia ou calças de manhã, dormir ou não mais 1o minutos, ir à festa ou ficar a descansar, beber vinho branco ou vinho tinto... há tantas decisões que ela poderia tomar sem o peso de uma vida pela frente. É mais uma fase para aguentar sem medo. Que o futuro cheira o medo.

terça-feira, junho 03, 2008

Amy Winehouse - Back to Black - Live Rock in rio

Agora...

Sim, depois há os que mudam drasticamente em 4 anos.

Amy Winehouse - Stronger Than Me - Wembley - 2004

Antes...

segunda-feira, junho 02, 2008

Tenho uma amiga que viu Bon Jovi ao vivo duas vezes. A primeira foi há quinze anos. A última foi no sábado. Em 93 tinha quinze anos, viva no Porto, era virgem, não fumava, não tinha asma, e fez do concerto o acontecimento do ano. Foi com duas amigas do Porto a Lisboa para ver Bon Jovi, para ver a banda favorita, para ver o homem com quem sonhava todas as noites. Ele estava com uma camisa branca e um fio ao pescoço. Foi entrevistado pela Sofia Louro para a RTP, a mulher mais invejada desse dia. Começou o concerto com I believe do álbum Keep the Faith. E o resto… o resto aconteceu também no sábado. Ela voltou a ter 15 anos. Os gestos, os tiques, as músicas, a competência em palco. Ela voltou a ter 15 anos. O cabelo do senhor Bon Jovi, a voz. You give Love a Bad Name, Bad Medicine, Ohhhh she’s a little Runaway. Ela voltou a ter 15 anos e sabe as letras todas de cor. Ela tem agora 30 anos. As amigas também. Depois do concerto de há 15 anos foram às suas vidas. Tiraram cursos, casaram, uma teve filhos e a outra é advogada. A minha amiga mudou-se para Lisboa, faz parte do mundo dos media, fez escolhas, cresceu, esqueceu-se que, um dia, foi fã de Bon Jovi. Até sábado. Ela voltou a ter 15 anos. Nessa noite voltou a sonhar com o senhor Bon Jovi. O melhor do concerto é perceber que, 15 depois, eles estão iguais, com a mesma garra, com a mesma competência, com a mesma capacidade de pegar no público do início ao fim do concerto. Mesmo que seja mecanizado, mesmo que a camisola da selecção vestida no final do concerto tenha sido manobra e não sentimento. Que importa? A minha amiga de 30 anos voltou a ter 15 e gritou uma vida que passou durante o concerto dos Bon Jovi.
Tenho uma amiga que foi ao Rock in Rio porque teve de ser. Não gosta do conceito, da falsidade que inspira a frase Por um Mundo Melhor, das pessoas que só lá vão porque fica bem ir ao Rock in Rio, do cartaz, do aspecto limpinho porque festival é à Woodstock, sujo, cheio de drogas e rock&roll e algum sexo (sem chegar ao estado da querida Amy)… não gosta das famílias inteiras de mãos dadas a impedir o trânsito solto de quem quer correr. Mas foi. Foi para ver a decadência em palco chamada Amy Winehouse. A grande revelação dos últimos tempos não vai passar disso mesmo, de revelação. Não vai ter tempo. O que é pena. As canções são brilhantes, soul dos tempos modernos como ninguém consegue fazer, a voz é enorme, mas a imagem marcada pelo excesso é adoentada. Toda a gente se questionava se ela iria ou não aparecer. Antes não tivesse aparecido.

domingo, maio 25, 2008

The Strokes - Last Nite

Só mais uma...

Beggin' - Frankie Valli video re-mix

Tenho uma amiga que tem um carro muito melhor do que o LUX. E nessa noite todos queriam entrar mas só havia lugar para nós. Vale a pena amigas assim, carros assim, música assim, noites assim.

Starry Starry Night

Tenho uma amiga que pede desculpa por este momento. Mas há noites assim... em que nos confundimos com as estrelas do céu. É bom poder partilhar essas noites com as amigas que eu tenho.

quinta-feira, abril 03, 2008

Tenho uma amiga que está farta dos homossexuais. Não é homofobia, é desespero mesmo. Por isso decidiu fazer um "Protesto das mulheres diante da explosão do homossexualismo masculino em todo o mundo". Oram vejam:

Ya!!! Muito Bom!

quinta-feira, março 20, 2008

Tenho uma amiga que saúda todos os que aguentam vento, chuva e subida do preço do tabaco só para fumar um cigarro.

Diálogo

Num funeral...

- Coitado, mais um de morte precoce. Era fumador...
- Morreu de cancro?
- Não. De frio.

sexta-feira, março 14, 2008

curso de Merengue

Tenho uma amiga que vai de Cana. Punta Cana... O que é que se aprende em Punta Cana? A cultura e costumes dos dominicanos? Não. O Merengue.
A treinar... suavemente.
A amiga manda dizer que está cheia de salero

quarta-feira, março 05, 2008

Californication church scene

Tenho um amigo que é o Hank. Hank is My Best Friend.

Sweet Baby Jesus... Hank is going to Hell...

Esta é a melhor série dos últimos tempos. Se calhar de sempre. Quem quer ver médicos coxos com mau feitio, presidiários com mapas nas costas, gajos perdidos que se matam uns aos outros, Horácios com ar de bestas metidos a bestiais, empresas monocórdicas que imitam séries britânicas, quem quer isso quando se tem o HANK????

Hank is my best friend. Viciem-se à vontade. Ele podia ser um dos nossos amigos.

quarta-feira, fevereiro 20, 2008

Tenho uma amiga que é um edifício. O Edifício Magnólia. E que me lançou um desafio. Quem consegue dizer Não a um desafio?

•7 coisas que sei fazer bem:
Falar com gatos
Gastar dinheiro
Dormir
Arrotar (arroto com muita classe, vos digo)
Beber álcool
Estar sozinha
Uma coisa que envolve língua e muita vontade: comer.

•7 coisas que não sei fazer:
Porque será que tenho menos dificuldade em preencher as 7 coisas que não sei fazer bem? Só pode ser mau sinal, mas aí vou eu
Fretes
Falar com desconhecidos (a não ser que tenha bebido muito álcool)
Bolos
Desporto (quase todos. Por exemplo, tenho alguma dificuldade em nadar e respirar ao mesmo tempo. Não se riam, é derivado da minha ligeira incapacidade motora.)
Conduzir.
Acabar relações. Ainda ontem comentei isto com alguém. Não sei, não gosto.
Andar de saltos altos. Cada vez admiro mais as mulheres que andam e sabem andar lá em cima sem parecerem éguas descoordenadas.

•7 coisas que digo frequentemente:
Coiso e cenas
Oh minha coisa!! Xirurdjhasdjhettiii (aos meus gatos).
Vais foder? (a uma amiga minha)
Estou a morrer
Deves!
Pois não sei
Eu também!

•7 Qualidades que aprecio no sexo oposto (ou no mesmo sexo, se for o caso):
Higiene
Inteligência (parece cliché mas exijo inteligência acima da média.)
A paciência para me aturar
O tamanho… do coração (as boas pessoas atraem-me… desde que não sejam bananas!)
Segurança e firmeza (lá está… bananas não!)
Integridade
Criatividade

•7 filmes favoritos:
Kramer vs Kramer
Manhattan
Annie Hall
Closer
Love Actually
Só porque revi há pouco tempo: Lost in Translation
As fantasias de Tracy
And many more… (porquê só sete?)

•7 actores/actrizes preferidos(as):
Uma vez que terminei a minha relação com o Jude Law… o amor foi anulado por falta de comparência… não respondo. Alem disso são muitos e não estou com paciência.

•7 vítimas:
Quem quiser. Se eu não nomear vítimas vou ficar quanto tempo sem sexo?

segunda-feira, fevereiro 18, 2008

Tenho uma amiga que abriu inscrições para uma workshop muito especial. “Como ser cabrão: aulas práticas e teóricas”. Sim, porque há que saber ser cabrão e não são, afinal, todos os homens que o conseguem. Há um ponto que é preciso esclarecer logo à partida. Um cabrão e um libertino são coisas diferentes. Um libertino é o que pratica o culto do corpo, do prazer, do sexo. Um libertino não come por comer, alimenta-se. E sempre com o conhecimento prévio do alimento em si. Um libertino diz: “Queres foder?” se for um libertino harcore; ou dirá “tenho uma vida para ti na palma da minha mão” se for um libertino literário. Um libertino não tem estratégia deliberada. Um libertino pode até entregar-se a uma mulher e também a um homem. O corpo interessa, o género pode não interessar. Não há que lhes levar a mal. Um cabrão, nunca. Um cabrão é muito macho. Ainda não está devidamente organizado o programa mas ficam alguns pontos que me parecem essenciais.

Como ser cabrão: A abordagem.

Um cabrão pode parecer cabrão de aspecto mas nunca na atitude. Um cabrão nunca diz que é um grande cabrão. Ele faz-te sentir especial, única. Vais sentir que estás a dominar a situação e que vais quebrar o role de engates que ele tem no currículo. Um cabrão, na primeira fase da abordagem, não te ignora nem te faz sentir mais uma. Desde mandar flores, enviar-te lingerie para o emprego exactamente do teu número se for um cabrão mais requintado, fazer-te surpresas (como levar-te a um hospital e dizer nas Urgências que não estás bem porque não vês que ele é o amor da tua vida, e isso é grave e uma Urgência), escrever-te cartas de amor irresistíveis ou mandar sms consecutivamente se for um cabrão dos modernos ( sms do tipo: “Não me sais da cabeça. E agora?).

Como ser cabrão: Marcar o encontro.

Um cabrão como deve ser não aceita um Não. Ele vai insistir sempre até tu cederes. Um cabrão não fica à espera que faças alguma coisa. Ele é proactivo. E não gosta de jantares sem sobremesa. Não tem paciência para a conversinha, o cinemazinho, os passeios no parque. Jantar, só uma vez e depois a coisa fica resumida a sexo. Não muitas vezes porque já está outra em fila de espera e não há que fazê-la esperar muito.

Como ser cabrão: o desfecho.

Há sempre um desfecho com o cabrão e ele quase sofre com isso. E aqui é que se vê se é um cabrão-aprendiz ou um cabrão-mestre. Um cabrão aprendiz desaparece, ou diz-te que está com problemas ou o célebre “não és tu, sou eu”. Um cabrão-mestre faz-se sentir mal por ter de partir.

Exemplo de diálogo:

Cabrão: Não me ligas nenhuma
Vítima: Eu??? Tu é que não dizes nada há três dias
Cabrão: Se calhar devias perguntar-te porquê. Mas tu é que sabes. Tu é que escolheste assim.

Cá está. E só depois desaparece. Isto é um cabrão como deve ser. Se a vítima for pouco experiente ou então só pouco inteligente fica em desespero. COMO É QUE FOI ELA A ESTRAGAR TUDO??!! Se for uma vítima inteligente, percebe o esquema, pode até bater palmas e pensa baixinho: “Ah cabrãooooo” e sorri. Há que lhes dar valor.

quinta-feira, fevereiro 07, 2008

Tenho um amigo que vai ser pai. Ele ia jurar que não sabia quem era a mãe até a barriga crescer... parabéns ao amigo.
Tenho uma amiga que gostava muito de ser assim:

Tenho uma amiga que gostaria muito de ter metade do aspecto destas amigas aqui... Mas lança a pergunta: Será que estas amigas, pelo aspecto, viam a vida facilitada? Tinham metade dos dramas das comuns mortais? Tinham complexos? Alguma vez sentiram o coração partir-se? Não sei se a beleza facilita assim tanto. Sei apenas que dura muito pouco.












segunda-feira, fevereiro 04, 2008

Tenho uma amiga que me perguntou “a que é que te vais vestir no Carnaval? Eu vou de pega”. Hoje não me apetecia vestir de nada que não fosse de mim própria. Há gente que se despe, não é? Mesmo que isto não seja o Brasil e o Carnaval aqui não signifique expressão corporal ao mais alto ritmo. Há gente que se veste de outra coisa, que inventa uma vida nova, seja ela de prostituta ou Jesus Cristo. Acho mal, acho mal que haja só um dia para isto (ou mesmo 3, que o Carnaval são 3). Porque às vezes bem me apetecia acordar e poder vestir a pele de outra pessoa. De uma enfermeira sapatona, de uma bruxa, de um mecânico de automóveis, de fada… se calhar de fada, não. Mas haveria algum porteiro a deixar-me entrar no sítio menos trendy da cidade se eu aparecesse vestida de fato-macaco com as mãos sujas de óleo? Não!!! E porquê? Porque é que durante uns dias tudo é permitido quando só me apetece que tudo seja permitido justamente quando é proibido? Hoje que é Carnaval vou vestida de mim. Qualquer dia visto-me de mulher que já é tempo…

sexta-feira, fevereiro 01, 2008

The Beatles - Blackbird

Tenho uma amiga que não gostou nada de ouvir isto ontem. Tenho outra que adorou. A mesma música, estados de espírito diferentes.

quinta-feira, janeiro 31, 2008

gita

Tenho um amigo que alimenta as plantinhas e me recomendou esta música. Bem recomendada.

terça-feira, janeiro 29, 2008

Tenho uma amiga que teve uma noite diferente na sexta-feira. Ou uma noite igual a tantas outras. Noite “desencosta-te de mim” que começou cedo, bem cedo, cedo demais. com emoções de salto demasiado alto que não lhe pertenciam numas ruas de Lisboa que sempre viu mas nunca conheceu tão bem. O chão escorregadio condizia com os pés a tentar fugir dos sapatos e dali. O regresso a casa para mudança de sapatos e de rumo foi inevitável. Já dentro de si, desceu de altura, desceu de forças, desceu do Alto de Campolide, enfiou-se na toca do lobo, na casa das bruxas, no colo das amigas, enfiou-se no vinho tinto e na noite que a esperava. A noite “Desencosta-te de mim”. Bairro Alto o destino - e que outro destino para uma noite daquelas! – a cantar com um Jon Bon Jovi de rua, a cantar Jorge Palma com letra alterada.

Desencosta-te de mim
Nós já não temos 15 anos
Desencosta-te de mim

Sei que não sei
Às vezes entender o que estás a dizer
Lai Lai Lai Lai…

Loucas, livres, lesadas pela vida, levadas pela noite, lá foram as amigas de feições perfeitinhas, trapos impecáveis, maquilhagens bem intencionadas, expressões desfiguradas pela alucinação causada pelo amigo vinho. E que noite foi. Sem encostos nem nada. Só o frio tocava na pele mas nem o frio era sentido. Depois nada, ninguém se ouvia ou mal se via e a noite puxou-as por si. Já nem a vontade se sentia. Só a de ir para casa e esperar que passasse. A alucinação, o dia, a noite, a vontade sem forças de a sentir. Foi uma noite diferente, a de sexta. Ou uma noite igual a tantas outras. Mas única dentro do género e sem repetição à vista.

E a próxima será a noite “Fui triplicar o saldo da minha tia a Marrocos”. E será diferente, com toda a certeza.

segunda-feira, janeiro 21, 2008

Tenho uma amiga que não tem mãozinhas para a vida pela frente. A tal vida da palma da mão, onde lhe disseram que seria o sol, onde poderia fechar os olhos quando quisesse com uma manta sobre os joelhos. Uma vida onde apetece vestir roupa confortável e ficar quieta, quase uma não-vida, quase nada, quase tudo o que se quer. Não tem mãozinhas para isso. Também não tem para a vida que sai da palma da mão e alastra pelo corpo todo. A vida que não é de pensar, que é de se libertar. A vida onde não vale nada. Onde está sempre a fugir enquanto há tempo. A vida que mexe com ela, a vida que mostra que há vida dentro dela…que pede pimenta em cada movimento, em cada palavra. É uma canseira essa vida de estar sempre à altura e à medida certas. Terá mãozinhas para a vida de todos os dias, que não é só de corpo, que não é só de medidas, não é só de palavras, que é a vida que pode mostrar, onde às vezes não se sente sol, onde às vezes a roupa lhe aperta as vontades, onde às vezes não pode fechar os olhos, a vida que tem saldo negativo antes do fim do mês, a vida que é dos outros e que carrega como se fosse dela. São 3 vidas… separadas… pelo tempo… uma delas existe. As outras duas não. Porque a minha amiga não tem mãozinhas para elas.

quarta-feira, janeiro 16, 2008

I Can't Decide - The Scissor Sisters - Singalong

Tenho uma amiga que ouve esta música 100 vezes seguidas e já sabe a letra de cor. Quantas vezes conseguem ouvir??

Everybody's Free to Wear Sunscreen! (ORIGINAL VERSION)

Tenho uma amiga que me enviou este vídeo. "Vais amar". Amei... E uso o tal filtro... ou no mínimo, uso uns óculos de sol :)

segunda-feira, janeiro 14, 2008

Tenho uma amiga que acabou uma relação no Fim-de-semana. Não se acaba uma relação ao fim de semana!! As relações deviam acabar sempre às segundas-feiras. De manhãzinha. Ao fim-de-semana há demasiado tempo para pensar. Às segundas de manhãzinha a vida continua... pelo menos durante mais cinco dias.
Para descanso da população (da 0.0000001% da população que se interessa): A RELAÇÃO QUE ACABOU NO FDS NÃO FOI A MINHA!!! TÁ TUDO BEM!!
Pronto, já podem dormir descansados

quarta-feira, janeiro 02, 2008

Tenho uma amiga que não tem resoluções para 2008. Até podia prometer fazer mundos mas sabe que pode muito bem não cumprir. Tem a ligeira sensação de que algo vai mudar radicalmente este ano. Só não sabe se vai ser com ela ou com alguém à volta. É deixar vir se vier por bem. E tudo pode não passar de uma sensação, de uma intituição errada. Gostaria de dizer que vou fumar em todos os restaurantes, em todos os bares, em todos os sítios públicos. Em 2008 vou poupar... não em cigarros mas em contas de jantares e almoços. É agora que trago a marmita. E almoço na soleira da porta a apanhar solinho e a falar com as vizinhas da rádio.
Já agora de passagem pelo blog da rititi fiquei-me neste parágrafo. Rititi sabe e tem a sorte de ter estado de passagem...
"Sim, voltei a Madrid, fugida de uma Lisboa que sempre amei e que agora me dá urticárias. Não posso com tanta queixa feita cancro de nós, não posso com este rame-rame obrigatório, com este modo de viver que recompensa a lamúria. Tenho pena e queria desejar-vos Bom Ano, que sejais felizes, mas só se me ocorre pedir-vos para desligar a televisão. Saiam à rua, encham os bares, obriguem os donos dos restaurantes a ligarem o aquecimento, iluminem as ruas de Lisboa com as luzes das vossas árvores de Natal, fujam dos centros comerciais e levem os vossos filhos aos jardins, namorem nos bancos dos parques e esqueçam que somos uma campanha publicitária chamada a Costa Oeste de Europa. Somos um país de gente pouco alegre, bem sei, mas também não merecemos estar sempre a levar nos cornos, caralho."